Já parou para pensar em qual é a importância do Capital de Giro?

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Já parou para pensar em qual é a importância do Capital de Giro?

29/06/2016 por Matheus Garcia

Manter a saúde financeira de uma empresa é sempre um grande desafio para todo empreendedor. Empresas com pouco controle sobre suas finanças correm sérios riscos de terem déficit. Sendo assim, para evitar tal possibilidade essas empresas acabam recorrendo a empréstimos bancários e eventualmente o negócio pode vir a falir. Entretanto, com ferramentas adequadas, práticas financeiras sustentáveis e análises globais do empreendimento são possíveis para evitar situações críticas. Um dos conceitos chave para boa gestão financeira é o Capital de Giro.

Mas afinal, o que é capital de giro?

O Capital de Giro é uma reserva rápida de capital para o financiamento das despesas do dia-a-dia da empresa. Para entender melhor a necessidade do Capital de Giro é necessário analisar o ciclo operacional e financeiro.

E o Ciclo Operacional?

Basicamente o Ciclo Operacional representa todo o período de tempo gasto com as atividades da empresa, desde a compra da matéria prima até o faturamento das vendas.

Veja o esquema abaixo:

Ciclo Operacional

Como visto na figura, podemos observar que todo o ciclo operacional se baseia em 60 dias de duração. As compras de mercadorias e pagamentos do fornecedor são realizados após 40 dias. Já no caso da estocagem, a venda de mercadoria é o momento no qual acontece o recebimento de dinheiro que ocorre em 60 dias.

E o Ciclo Financeiro?

Ciclo Financeiro

O ciclo financeiro é dividido em dois eventos. O primeiro é a saída de caixa realizado pelo pagamento ao fornecedor e o segundo evento é a entrada de caixa pelo faturamento das vendas. Há um intervalo de 20 dias entre os dois eventos que corresponde ao período onde a empresa necessita do Capital de Giro. O ideal é que os recursos utilizados para financiar as operações sejam dos próprios dos sócios.

Vimos que o capital de giro é realmente muito importante! Mas agora que já sabemos o que é o capital de giro em si temos que aprender a calculá-lo!

  1. Ter um rígido e detalhado controle do fluxo de caixa da empresa é a melhor maneira de se obter as informações essências para o cálculo;
  2. Levantar quanto ainda vai entrar de caixa com as vendas que serão realizadas. Dessa forma, é possível realizar a previsão do capital de giro;
  3. Por último, deve-se analisar de quanto tempo em quanto esse recurso será reposto.

A partir desses dados, é possível usar a seguinte fórmula:

Capital de Giro = Ativo Circulante – Passivo Circulante

Ativo circulante

É a junção de bens que podem ser monetizados como aplicações financeiras, caixa, bancos dentre outros recursos e passivo circulante são obrigações que serão pagas brevemente. Dessa forma, será influenciada principalmente por três fatores:

  • Capital de caixa a ser recebido;
  • Estoque;
  • Caixa e capital em conta bancária.

Quando o cliente compra o produto a prazo, o pagamento é dividido e acaba sendo recebido ao longo dos meses. Dessa maneira, quanto maior o volume de compra do consumidor ou maior o prazo para recebimento, mais Capital de Giro é necessário para que a empresa arque com suas despesas enquanto o pagamento não é efetuado.

Constantemente o mercado se modifica, assim como as necessidades dos clientes. Empresas que não se atentam às mudanças dessas necessidades e mantém em suas prateleiras grandes quantidades de produtos, acabam ficando para trás perante a inovação do mercado. Sendo assim, perde suas vendas e naturalmente fecha suas portas. Logo, a necessidade de reinvestir no estoque é suprida com o dinheiro disponível para o Capital de Giro da empresa.

Confira aqui dicas para fazer uma análise de demanda na sua empresa! 

O dinheiro presente na conta bancária e no caixa deve sempre ser monitorado, porque é utilizado para o pagamento dos compromissos básicos da empresa. Assim, manter uma reserva é essencial para a gestão do Capital de Giro.

Quando se trabalha com um baixo Capital de Giro os riscos operacionais crescem consideravelmente já que a empresa se torna mais vulnerável à volatilidade do mercado, principalmente quando se vive um cenário político incerto e economicamente critico.

Portanto, e para diminuir os riscos operacionais da empresa, é muito importante que, pelos motivos elencados acima, o empreendedor tenha ferramentas de controle financeiro estruturadas gerando análises com diagnósticos precisos da situação na qual a empresa se encontra. Além de uma gestão de estoque e do ciclo operacional preciso.