01/02/2017 por Lucas Gonçalves
Você já ouviu falar de Sam Walton? Então, ele foi o fundador da maior rede de varejo do mundo, o Walmart. Em sua biografia (Sam Walton – Made in America), este empreendedor nato narra um pouco da odisseia da criação de seu império.
Uma das filosofias de seu negócio era o estudo obcecado de seus concorrentes. Sam visitava inúmeras lojas de departamento para entender como seus rivais ofertavam seus produtos, como era a disposição física de suas lojas, a forma de tratar o cliente. Ele era alucinado por isso. Em sua bibliografia, declarou: “Eu aprendi mais com meus concorrentes do que lendo livros”.
De fato, a análise de concorrentes é algo vital para seu negócio, principalmente na fase de abertura do mesmo. Afinal, é nesse momento que se deve entender como as empresas que disputam espaço com a sua atuam e analisar especificamente seus principais erros e acertos. Assim, você compreenderá melhor sobre quais serviços e produtos deve oferecer e como anunciá-lo de uma forma mais eficiente.
Mas como realizar essa análise de concorrentes?
Primeiro passo:
Essa etapa consiste em identificar quem são de fato seus concorrentes. Para isso, é crucial que você já tenha ideia de qual será seu setor de atuação, os produtos ou serviços que irá ofertar e o seu público-alvo. Você pode pesquisar sobre seus concorrentes principalmente através da internet. Atualmente, a maioria dos estabelecimentos possuem um próprio site, uma página em redes sociais ou até a sua localização no buscador do Google. Caso você possua um local definido para a abertura de seu empreendimento, pode também mapear os concorrentes no entorno do local de onde atuará.
Segundo passo:
Agora que você definiu quem são seus concorrentes, precisa analisá-los de fato, definindo seus pontos fortes e fracos. O objetivo é que, nessa parte do estudo, você consiga descobrir diversas informações sobre eles. Desde as mais básicas, como nome da empresa, localização, preço até as mais complexas, como suas formas de divulgação, quadro de funcionários, processos internos, entre outras informações relevantes.
Mas como isso pode ser feito?
Uma das práticas mais utilizadas é a de cliente oculto. Ela consiste em colocar uma pessoa para visitar e analisar seu concorrente. Nesse caso, a pessoa se passa por um consumidor e visita presencialmente o estabelecimento buscando coletar diversos dados a respeito daquela empresa.
Outra prática bastante utilizada é a de pesquisar sobre seus concorrentes em revistas, jornais, ou próprio site da empresa. Esses são métodos que dependem do que é divulgado pelo concorrente, ou seja, podem ter pouca profundidade. Mas mesmo assim, servem para entender como são feitas suas divulgações e o que oferecem em suas páginas na Internet.
Também podem ser realizadas pesquisas com os consumidores do produto/serviço do seu concorrente. Podem ser feitas abordagens por e-mail ou redes sociais para entender o porquê das pessoas frequentarem aquele estabelecimento, o que mais gostam, o que acham que poderia melhorar. É um estilo que visa entender o que passa na cabeça do consumidor ao comprar naquela loja.
Terceiro passo:
Depois de determinar seus concorrentes e estudá-los, você deve definir o posicionamento da sua empresa frente ao mercado. E para isso, é necessário fazer uma análise crítica dos pontos fortes e fracos de seus concorrentes e observar o que pode ser feito na sua empresa para se beneficiar disso. Os pontos fortes dos outros podem ser aprimorados em seu empreendimento. Já os pontos fracos devem servir para mostrar o rumo que sua empresa não deve tomar.
Um modo interessante de se fazer isso é fazendo uma análise da própria empresa, definindo seus pontos fortes e fracos em aspectos internos e externos. A matriz SWOT serve para isso, e em nosso artigo “Uma ferramenta que vai mudar a maneira como você faz o planejamento do seu negócio” você pode entender melhor como ela funciona.
Feito isso, você terá uma noção muito melhor do mercado em que está inserido e conseguirá assim definir as melhores estratégias para seu negócio.
Sam Walton, o empreendedor que citamos no início do texto, tinha outra filosofia em seus negócios: Copie o que já existe e aperfeiçoe. Para obter sucesso no mundo dos negócios, não é necessário criar algo completamente novo. Estudar os melhores em seu ramo e aprimorar seus métodos é uma boa forma de se fazer isso!
