07/02/2018 Por Isaac Souza, Pedro Soares e Constantino Migailides.
O projeto arquitetônico é o processo pelo qual uma obra de arquitetura e sua representação final são concebidas. Por meio dele é possível atender as necessidades dos usuários.
Neste momento, pense em uma casa ou prédio. Como ele seria e o que estaria em seu interior? Estas são perguntas que o projeto arquitetônico poderá te responder.
O que é um projeto arquitetônico?
O projeto arquitetônico é constituído basicamente por cinco etapas. São elas: levantamento de dados, estudo preliminar, anteprojeto, projeto legal e projeto executivo. Nestas etapas são analisados itens como: as principais características do terreno; interesses e necessidades do cliente; dimensões e características da obra; adequação às normas indicadas pelos órgãos competentes; integração com os projetos complementares (elétrico, hidráulico, estrutural, por exemplo); dentre outros. Podem existir pequenas diferenças de acordo com a instituição envolvida no projeto.
O desenho técnico da edificação é desenvolvido a partir de sete perspectivas diferentes. Sendo estas: a planta de edificação (ou planta baixa), desenho de fachada, cortes longitudinal e transversal, plantas de cobertura, situação e localização. Em sua elaboração podem ser utilizados diversos softwares como: AutoCAD, Revit e Sketchup a fim de proporcionar visualizações 2D e 3D da construção.
As sete plantas arquitetônicas
A seguir, cada umas das perspectivas será brevemente abordada:
A planta de edificação é um corte horizontal na altura de 1,5 metros da edificação. Este é feito de forma que o observador tenha uma visão superior e, com isso, possa observar a disposição dos cômodos e seu interior. A planta de edificação é a base para o projeto arquitetônico. Com a elaboração da mesma todas os demais desenhos podem ser executados.
O corte longitudinal é feito entre a frente da construção e os fundos da mesma; já o transversal é realizado de uma lateral a outra. Estes devem mostrar o maior número de detalhes e permitir a representação de paredes, portas e janelas, para que seja possível identificar as alturas das esquadrias e de pé direito. Além disso, visualizar a posição de elementos estruturais e o telhado.
A planta de cobertura é a representação da construção de uma vista superior ao telhado. Esta torna possível a visualização da abrangência e inclinação do mesmo, o beiral e número de águas, ou seja, as direções para o escoamento da água das chuvas.
A planta de localização demonstra, de modo visual e gráfico, a posição da construção dentro do terreno.
A planta de situação demonstra onde a construção se situa no terreno e em relação aos terrenos vizinhos. Além disso, contém informações sobre as ruas do entorno e os terrenos vizinhos.
Por último, o desenho de fachada é a representação de uma vista externa da construção.
Conclusões
Um projeto arquitetônico possui valor legal, visto que precisa ser assinado por um engenheiro credenciado no CREA ou um arquiteto credenciado no CAU. Além disso, é de extrema importância para a prefeitura, uma vez que nele consta a área da construção e com base nesta serão cobrados impostos, como o IPTU.
Além de possuir valor legal, também deve ser estimado no quesito de qualidade, visto que para a realização de uma obra fazem-se necessárias as plantas a fim de evitar equívocos e, consequentemente, o retrabalho. Tal projeto pode proporcionar ao cliente as soluções adequadas a sua demanda. Dentre as quais podem-se destacar: expansão, reforma, legalização junto à prefeitura, usucapião, dentre outras.
Assim, conclui-se que um projeto arquitetônico é a melhor opção quando se quer construir, reformar, expandir ou trazer maior segurança ao seu imóvel, de modo que haja planejamento a fim de otimizar tempo e recursos em sua obra.
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