Para-raios: Por que são necessários?    

16/10/2019 por Ezequiel Santos, Manuela Barreto e Tais Bellagamba

Em dias de chuva é muito comum a ocorrência de raios, uma alta descarga elétrica que ocorre na atmosfera. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 2011 à 2017, o Brasil registrou uma média de 77,8 milhões de raios por ano. No entanto, o mais impressionante é que de 2000 à 2014 foram 1.792 mortes registradas. Sabendo disso, como podemos nos proteger contra eles? Utilizando para-raios. Inventados por Benjamin Franklin, em 1752 e ainda é a melhor proteção contra os raios.

O que é um para-raio?

O para-raio é um dispositivo composto por uma haste metálica de cobre, alumínio, aço inoxidável ou aço galvanizado e cabos de pequena resistência elétrica. Ele é disposto no topo de prédios visando protegê-los do impacto do efeito das descargas elétricas atmosféricas.

A Meta é uma consultoria que realiza projetos de dimensionamento e projeção desse equipamento, seguindo a norma vigente NBR 5419. Esse serviço, de engenharia elétrica, é chamado de SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas). Existem duas formas de executá-lo, dependendo da localidade do prédio e da quantidade de raios que chega nesta área:

  1. Método das malhas (Gaiola de Faraday):

Os cabos são dispostos no cantos do prédio, formando uma gaiola em seu redor. Além disso, condutores horizontais são dispostos no topo do prédio interligados em forma de malha. Vale ressaltar que quanto menor a distância entre os condutores, maior a proteção oferecida. É aconselhável em locais de maior altitude que recebem mais raios, pois o prédio fica totalmente protegido.

      2.  Método de Franklin (Ângulo de proteção):

É utilizado em locais que se encontram no nível do mar. Esse método prevê uma proteção na forma de cone, protegendo o edifício em que se encontra, assim como os edifícios mais baixos ao seu redor.

É importante, antes de fazer o dimensionamento e projeção dos para-raios, fazer uma análise para ver se realmente é necessário ter o dispositivo em determinado local. Ou se este já está sendo protegido pela projeção cônica de outro prédio mais alto.

Como funciona um para-raio?

Ele funciona da seguinte maneira: Um sistema de captores recebe os raios e reduz a probabilidade da estrutura recebê-lo diretamente. Em seguida, a corrente de descarga do raio recebida pelo captor passa para um sistema de descida, que vai conduzi-la até o sistema de aterramento, reduzindo ao máximo a incidência de descargas laterais e de campos eletromagnéticos no interior do volume protegido. Por último, o sistema de aterramento, que dispersa a corrente no solo, reduz o risco de ocorrência de tensões de passo e toque.

Por que para-raios são necessários?

Mas por que temos que nos preocupar em fazer o dimensionamento e projeção de para-raios? Sabemos que raios não são vistos diariamente, mas que o país tem, em média, 78 milhões de raios por ano. Isso porque é um fenômeno natural que o ser humano não tem como controlar nem evitar. 

A questão é que lugares sem para-raios podem ser extremamente perigosos para pessoas ou animais que estejam ao redor, especialmente se estiverem molhados uma vez que água conduz eletricidade. Regiões mais altas, normalmente, “atraem” uma maior quantidade de raios por facilitar e agilizar a chegada desses raios à terra. Nesse caso, a presença para-raio no topo de um prédio ou de uma casa, seria crucial para a atração deles. Dessa forma, as pessoas próximas não sofreriam a ação do campo eletromagnético gerado por eles ou seriam atingidos diretamente.

Um exemplo recorrente de morte por raios, são animais de fazenda que se refugiam durante tempestades embaixo de árvores, as quais são ótimos atrativos de raios. Esse exemplo, contudo, também pode ser aplicado para pessoas. Além disso, se o raio cai diretamente em alguém, o chamado pára-raios humano, uma corrente de, aproximadamente, 30 mil a 40 mil amperes passa pelo nosso corpo e dificilmente ele será capaz de suportar tamanha carga.

Como visto, o Brasil apresenta uma alta incidência de raios gerando acidentes e mortes. A melhor forma de se proteger, reduzindo os riscos, é utilizando um para-raio que recebe os raios e os conduzem até um sistema de aterramento. A forma mais técnica é um SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) esse sistema evita o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, dessa forma, garante a segurança para sua construção.

Deseja realizar dimensionamento e projeção de para-raios? Entre em contato conosco para um projeto de SPDA.