ESG: O tripé da sustentabilidade empresarial

12/04/2022 Por Luiza Gonzalez

 

Você já percebeu que as empresas têm investido cada vez mais na pauta de sustentabilidade? E o tripé da sustentabilidade empresarial, já ouviu falar sobre? Questões ambientais, sociais e de governança se tornaram essenciais no planejamento das estratégias corporativas. Essa tendência está atrelada à crescente preocupação do mercado financeiro com essas questões. Nesse contexto, surge o tripé ESG (Environmental, Social and Governance), utilizado como uma espécie de métrica para analisar as medidas tomadas acerca da sustentabilidade empresarial. Em primeiro momento, implementar tais ações pode parecer um bicho de sete cabeças se você não souber como relacioná-las com o contexto do seu negócio. Mas, nesse artigo, desmistificamos para você o que é ESG, o atual tripé da sustentabilidade empresarial, e como investir nele pode mudar sua empresa.

A Sustentabilidade empresarial

Atualmente, ao repensar estratégias ou realizar um planejamento a longo prazo para um negócio, é essencial visualizar como este impacta o meio no qual está inserido. Nesse sentido, destaca-se o conceito de sustentabilidade empresarial, ou seja, as decisões que uma empresa toma pensando na sociedade. Dentre os princípios da sustentabilidade empresarial está o planejamento de um crescimento que não afete o meio ambiente e, ao mesmo tempo, colabore com o desenvolvimento da sociedade. 

As vantagens de investir em estratégias sustentáveis em uma empresa são:

 

O que é ESG

Atualmente, grandes investidores observam com cautela as ações de sustentabilidade empresarial antes de investir. Assim, o conceito de ESG se tornou o recurso mais utilizado para mensurar tais ações, ganhando visibilidade nos últimos tempos. O ESG é um conceito que em português significa Ambiental, Social e Governança. Ele pode ser dividir em 3 partes:

Ambiental: Analisa as medidas tomadas acerca de questões ambientais e da sustentabilidade. Dentre elas, podemos destacar políticas de reflorestamento e uso de energias renováveis.

Social: Analisa o relacionamento das empresas com seus stakeholders, ou seja, com as partes envolvidas no processo de produção. Nesse contexto, podemos destacar ações que prezam pelo bem-estar dos funcionários e pela segurança no trabalho. 

Governança: Analisa os cargos de liderança de uma empresa e como eles atendem as demais partes da empresa. Dentre as medidas a serem tomadas, destacam-se práticas de anticorrupção, gestão de riscos, acompanhamento da saúde mental e clima organizacional.

Desse modo, as medidas adotadas para o desenvolvimento sustentável da empresa devem ser, principalmente, pensadas nesses três fatores. Segundo o Pacto Global das Nações Unidas, com o ESG, a sociedade tem conhecimento das práticas empresariais mais transparentes. Assim, ele é um índice utilizado para auxiliar e avaliar as empresas na busca pela sustentabilidade empresarial.

 

Como estruturar o ESG na sua empresa

A inserção de um modelo de gestão mais sustentável e dentro das métricas ESG é algo trabalhoso, mas não impossível. As vantagens de ter o tripé da sustentabilidade em sua empresa são bem maiores que os obstáculos do mesmo. Por isso, veja a seguir os passos para você aderir esse novo modelo:

 

Trace os pontos de melhoria: Antes de implantar estratégias focadas no ESG, é necessário um planejamento prévio. Para isso, o ideal é que sejam utilizadas ferramentas, como a Análise SWOT e a 5W2H, para listar os pontos fracos e fortes da empresa. Com a análise da empresa, é possível pensar de forma mais assertiva nas práticas a serem adotadas.

Defina as práticas de cada pilar: Nesse momento, as estratégias ambientais, sociais e de governança são pensadas de acordo com o contexto da empresa. Para as práticas ambientais, podemos destacar o investimento em energias renováveis, como solar, e a redução da emissão de poluentes. Acerca das práticas sociais, podemos destacar a adoção de políticas de diversidade e inclusão e projetos para o desenvolvimento dos colaboradores. Por fim, a transparência nas ações internas da empresa e é uma das práticas de governança que pode ser adotada.

Analise qual o critério de avaliação ESG ideal para sua empresa: No ramo do ESG, existe uma grande variedade de estruturas de relatórios e diretrizes para avaliar as ações e seus impactos na empresa. Por isso, é preciso que seu planejamento e estruturação de dados sejam feitos de acordo tanto com suas necessidades. 

Forme um conselho ESG: A implementação das práticas de ESG é um processo contínuo e precisa estar em constante aprimoramento. Por isso, requer um acompanhamento a fim de manter as métricas ESG em atividade na empresa. Assim, é importante que haja uma área especializada para planejar, executar e analisar todas as estratégias adotadas na sua empresa. 

Fique de olho no Greenwashing

Talvez você ainda não conheça essa expressão, mas ao adotar o ESG em sua empresa deve estar atento a isso. Greenwashing é o nome dado à prática na qual a empresa ter políticas sustentáveis, mas na realidade não está. Ou seja, a sustentabilidade só está no papel, não no dia-a-dia. Assim, além da empresa infringir o Código de Defesa do Consumidor com uma propaganda enganosa, ele vai de encontro às boas práticas de governança defendidas pelo ESG. Isso deve-se ao fato de que um dos principais pontos da governança é a transparência da gestão.

 

Conclusão

A geração atual está mais preocupada com os impactos na natureza e na sociedade como um todo. Por isso, a sustentabilidade empresarial é um conceito que só tende a crescer nos próximos anos. Nesse sentido, deixar de adotar as métricas do ESG é não considerar esse enorme mercado. Isso pode ter um reflexo negativo no posicionamento da empresa! 

Portanto, não fique de fora dessa tendência mundial e comece a implementar práticas sustentáveis na sua empresa! Entre em contato conosco e saiba como a Meta Consultoria pode te ajudar.