Entenda a magia por trás do RFID

04/10/2017 por Leonardo Júnior e Felipe Lauria

O RFID (ou Identificação por Radiofrequência) é uma tecnologia relativamente recente. Nela, através do sinal de rádio, realiza-se a análise de dados. Isso significa que ela pode ser empregada de várias formas, sempre visando a identificação de dados (ou objetos) a uma certa distância. Ela pode ser uma alternativa de pagamento, uma forma de otimizar o controle de estoque ou até de realizar o monitoramento de cargas.

História

A tecnologia RFID começou a moldar sua forma na década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela época, os grandes exércitos tanto do Eixo como dos Aliados já possuíam à sua disposição sistemas de radar de aviões. Porém, esses sistemas não conseguiam diferenciar um avião inimigo de um avião amigo.

Os ingleses foram os primeiros a solucionarem esse problema, implantando transmissores em suas aeronaves. Estes, por sua vez, transmitiam uma resposta para as estações de radar quando estas necessitavam. Pode-se dizer que essa foi a primeira forma de identificação ativa através do RFID. Nela, um sinal é enviado a um transponder, que é ativado, emitindo um sinal próprio. O seu objetivo é receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente ou transmitir de uma fonte uma mensagem pré-determinada em resposta à outra pré-definida “de outra fonte”.

Funcionamento

Um sistema de RFID é composto por um leitor e uma tag. O primeiro consiste no sistema de transmissão, é ele quem vai enviar sinais de onda de rádio para a tag. Já a segunda é composta por um microchip, que é o responsável tanto pela identificação dos sinais a ele enviados como por retornar informações ao transmissor original. Ambos os dispositivos possuem antenas, que são diretamente responsáveis pelo envio e captura de sinais.

O processo funciona, basicamente, como ilustrado na imagem abaixo:

RFID

O transmissor envia sinais de rádio para a tag, mais precisamente para o chip nela contido. Esse chip capta os sinais através de uma antena e responde de acordo com sua memória. As faixas de frequência utilizadas nesse processo variam de acordo com o objetivo da implementação do RFID e estão relacionados com o raio de alcance da leitura. Desse modo, altas faixas associam-se com serviços como monitoramento de veículos, ao passo que baixas faixas associam-se a serviços como controle de estoque.

Existem ainda dois tipos de tags: ativas e passivas. A ativa possui fonte de alimentação interna, possibilitando a comunicação com o leitor sem necessariamente receber o envio de um sinal. Já a passiva não possui fonte de alimentação e depende do sinal do transmissor para ser ativada. O uso de tags ativas ou passivas vai depender da aplicação do RFID. A ativa é mais recomendada para aplicações onde o alcance é maior, como o monitoramento de veículos. Contudo, tanto o tamanho da etiqueta quanto o seu tendem a aumentar no caso de tags ativas.

Aplicações do RFID

1. Pedágios

A tecnologia já se tornou comum nos pedágios de algumas rodovias. Ao invés de os carros pararem, um cartão provido com o microchip RFID é colocado no para-brisa do veículo. Ele envia seu código de identificação para as antenas ou leitores eletrônicos localizados na cabine de cobrança. Uma vez reconhecido o código, a passagem é liberada.

esquema de rfid para leitura 2. Controle de Acesso

Outra aplicação está na emissão de ingressos para eventos como cinema, teatros, estádios de futebol, entre outros. Ao chegar ao local, a pessoa passa o ingresso (com um transponder) por um leitor instalado na entrada. Isso libera o acesso aos seus assentos e às áreas de alimentação.

Nesse caso, o uso de dispositivos RFID também dificulta a falsificação dos ingressos e pode aumentar a rapidez e a segurança do acesso das pessoas a esses locais. 

Conclusão

Com isso em mente, concluímos que o funcionamento do RFID não se trata de mágica ou algo de outro mundo, mas sim do desenvolvimento de tecnologias a partir de necessidades humanas. Ou seja, é mais um exemplo do homem utilizando recursos para facilitar e otimizar suas atividades.

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