21/12/2021 Por Maria Clara Carnaúba e Matheus Aranda
Você gostaria de reduzir os gastos com energia, garantir conforto térmico e se adequar à legislação com apenas um projeto? Pois saiba que o projeto de climatização pode trazer todos esses benefícios. Além disso, ele também pode facilitar a manutenção e aumentar a durabilidade dos aparelhos climatizadores.
Seja em um ambiente residencial ou empresarial, garantir a qualidade do ar é essencial para realizar as tarefas diárias. Portanto, os sistemas de HVAC (Heating, Ventilating and Air Conditioning), ou mesmo em português, AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) devem ser corretamente mapeados e dimensionados. Assim como devem ser regularizados, a partir da definição de procedimentos de verificação da integridade e da higiene dos aparelhos.
Ainda reticente em realizar um projeto de climatização para a sua empresa? Trouxemos cinco tópicos que elucidam as etapas da realização de um projeto de climatização, bem como alguns impactos e vantagens de cada passo:
1. Análise do local
O primeiro e mais importante passo para se iniciar um projeto de climatização é o levantamento de dados. Nesta etapa são realizadas visitas técnicas para se obter o máximo de informações possíveis sobre as variáveis daquele ambiente.
Nessas visitas são coletados, por exemplo, os fatores climáticos locais, a quantidade de pessoas que frequentam e os aparelhos utilizados. Isso porque alinhar os desejos do cliente com as necessidades do local é primordial para um projeto de sucesso.
2. Cálculo da Carga Térmica
O objetivo final de todo projeto de climatização é oferecer conforto térmico ao ambiente. Este conforto se verifica quando todo o recinto tem a capacidade de ser climatizado uniformemente, sem grandes diferenças de temperatura.
Para atingir este propósito, é necessário verificar a quantidade de energia transferida de meios externos, internos e de ventilação. Os meios externos incluem insolação, convecção, condução e infiltração, e os internos se referem a presença humana, iluminação e equipamentos. Já os de ventilação estão relacionados diretamente com a vazão necessária para renovação do ar e asseguração da higiene e comodidade do ambiente.
Após a coleta dessas informações, é possível calcular a Carga Térmica do ambiente. Com isso, pode-se determinar corretamente os aparelhos mais adequados para o local, de acordo com a potência necessária em BTUs. Além disso, também permite a análise do funcionamento dos equipamentos já existentes e quais alterações seriam necessárias para o sistema.
3. Psicrometria
Estudos comprovam que uma má qualidade do ar em ambientes de trabalho prejudicam significativamente a produtividade dos funcionários. Sintetizando, temperaturas mais frias deixam trabalhadores mais suscetíveis ao erro, enquanto temperaturas muito quentes levam a uma sensação de sonolência.
Mas e quanto a umidade relativa do ar? Quando a umidade se encontra em um intervalo diferente do ideal pode acarretar em problemas de saúde. Essas complicações vão desde estresse e ansiedade, até náuseas e doenças respiratórias.
Para realizar o cálculo correto deste fator, a utilização da Psicrometria se mostra extremamente importante em um projeto de climatização. Afinal, é a partir dela que se obtém a umidade relativa do ar. Para isso, são estudadas as propriedades relacionadas à temperatura, quantidade de vapor d’água, volume ocupado e energia contida no ar.
4. Dimensionamento de Aparelhos
Depois de calcular a Carga Térmica e analisar a umidade relativa do ar, pode-se iniciar a escolha dos aparelhos climatizadores. Contudo, nesta etapa também devem ser levados em consideração o orçamento do projeto e o tempo de retorno do investimento. Visto que um dos objetivos é promover o melhor custo-benefício para atender as necessidades encontradas.
Quando dimensionado corretamente, o aparelho pode impactar muito positivamente no consumo de energia e nos custos de aquecimento e resfriamento. Se o sistema for classificado para um espaço menor do que realmente é, ele terá dificuldades para atender às demandas. Isso fará com que ele trabalhe muito e desgaste mais rapidamente. Agora se um sistema for superdimensionado, pode ocorrer um ciclo curto. Com isso, o equipamento precisará trabalhar mais do que o necessário, usando mais energia e proporcionando condições menos confortáveis.
5. Dimensionamento de Dutos, Grelhas e Difusores
Para finalizar, são estimados os valores da vazão e velocidade do fluxo de ar dos dutos, grelhas e difusores. Visando um cálculo mais preciso, são utilizadas tabelas da Norma ABNT NBR 6401, sendo extremamente importante para a adequação legislativa. Além disso, também são consultadas as informações fornecidas pelos próprios fabricantes.
A fim de realizar o dimensionamento, também é necessário saber o tipo de cada passagem de ar. Os dutos podem ser de insuflamento, de retorno e de ar externo. Já as grelhas são classificadas como simples ou com registro, e os difusores podem ser quadrados, redondos, retangulares ou lineares.
Após a realização dos cálculos, é possível determinar o fluxo de ar ideal, controlar o ruído excessivo e vedar os dutos. Além disso, também obtém-se os dados necessários para fornecer isolamento e reformar o projeto conforme necessário. Tudo com o intuito de corrigir desequilíbrios de pressão e garantir que seu sistema funcione da forma mais eficiente possível. Desse modo, haverá um fluxo de ar condicionado adequado em todo o ambiente.
Conclusão
Após a leitura do passo a passo, esperamos que você tenha conseguido compreender melhor sobre o projeto de climatização.
Quer saber mais sobre o funcionamento e os benefícios de um sistema de climatização? Então confira nosso artigo HVAC: Conheça mais sobre o sistema.
Além disso, também temos o serviço de PMOC, que busca assegurar a regularização dos sistemas de climatização. Com ele, entregamos todas as análises necessárias que assegurem que o local esteja seguindo as estipulações legais. Para mais informações, acesse PMOC – Soluções em engenharia e gestão de negócios e entre em contato conosco para pedir um diagnóstico gratuito!
